sexta-feira, 21 de março de 2008

30 A HISTÓRIA DA ACADEMIA DE POLICIA

Na estruturação do que é hoje a Polícia Civil de Rondônia, a Academia de Polícia Civil teve papel primordial. Antes ela tinha a denominação de Escola de Polícia de Polícia. O delegado de Polícia e mais tarde promotor de Justiça Jeová Benedito dos Santos foi um de seus diretores. A delegada Maria Madalena Dias da Silva era assessora do diretor. Antes a Escola funcionava vinculada à Secretaria da Segurança Pública.
Em 1983, a Escola de Polícia formou sua primeira turma de delegados ainda no prédio da Central de Polícia, na Avenida Farqhuar com Carlos Gomes. Naquele mesmo ano, o prédio do órgão começou a ser construído no que era, naquela época, o final da rua Amazonas, numa área de 250 mil metros quadrados. A estrutura da escola era da época em que Rondônia era Território e tinha o dr. José Mário Alves da Silva como secretário da Segurança.
A área construída do prédio da escola era de 2.210 metros quadrados, abrigando, além do gabinete do diretor, sala de recepção; sala de unidade de pessoal; sala da divisão de ensino; sala de setor de seleção e recrutamento; uma reprografia (unidade gráfica) completa; uma biblioteca para 70 pessoas; uma sala de adestramento físico e defesa pessoal com capacidade para 50 pessoas; quatro salas de aula com capacidade para 50 alunos cada um; um refeitório para delegados, médicos e outros profissionais graduados; um refeitório para alunos; uma cantina; um auditório com 96 lugares; uma cozinha semi-industrial completa; uma dispensa; uma lavanderia completa; dois alojamentos com 16 leitos e banheiros femininos; quatro alojamentos com 32 leitos e banheiros masculinos; um cisterna com capacidade para 30 mil litros; uma caixa d’água com capacidade para 15 mil litros; e um gerador de energia.
O corpo docente era formado por delegados, escrivães, médicos do IML, peritos, assistentes jurídicos e agentes policiais, além de autoridades convidadas como juizes e promotores de Justiça.
A Escola de Polícia promoveu pelo menos dois grandes encontros de delegados, desde sua fundação.

O II Curso de Formação de Delegados de Polícia, feito pela Academia de Polícia Civil, foi realizado no período de 24 de outubro de 1984 a 5 de janeiro de 1985. O hoje corregedor-geral da Polícia Civil, Antonio Felício dos Santos, era um dos alunos.
O advogado Sólon Michalski, que assumiu a SSP, e o delegado Jeová Benedito dos Santos, diretor da Academia, assinaram os certificados dos aprovados no curso.

I ENCONTRO DE POLICIAIS CIVIS DE RONDONIA

O Governo do Estado de Rondônia, através da Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Associação da Polícia Civil promoveu o I Encontro de Policiais Civis de Rondônia, no período de 16 de a 18 de janeiro de 1986, em Porto Velho, no auditório da Escola de Polícia Civil, no final da rua Amazonas.
A abertura foi feita pelo então governador Ângelo Angelin e pelo secretário da Segurança, José Francisco da Silva Cruz.
Foram palestrantres: bacharel Luiz Carlos da Rocha, assessor da Polícia Civil de São Paulo; detetive Cesariano Miguel Ituassú, diretor de Relações Públicas da Associação dos Detetives de Polícia de Minas Gerais; Ady Alves de Andrade, presidente da Associação da Polícia Civil de Rondônia; detetive Jamil Warwar, da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro; delegado José da Cunha Linhares, da Polícia Federal; José do Espírito Santo Domingues Ribeiro, promotor de Justiça; Antônio Cândido de Oliveira, então presidente do Tribunal do Júri da Capital; Edmundo Santiago, juiz titular da 1ª Vara Criminal de Porto Velho.
O secretário da Segurança fez o encerramento solene do encontro.

ACADEMIA

Como Academia de Polícia, o órgão passou a ser subordinado à Direção Geral da Polícia Civil. Seu primeiro diretor, em 1988, foi o bacharel Antônio Amaro da Silva, oriundo dos quadros da Polícia Federal.
Pelo cargo passaram delegados como Wallace Lucena, Deraldo Scatalon, Wanderlei Mosini, Francisco Esmone Teixeira, Marcos Maia Rodrigues, Ricardo Oliveira da Costa, Mohamoud Fawzi El Rahifi, Carlos Eduardo Ferreira, entre outros.
O delegado Fawzi assumiu o cargo em 2003. Ele é formado em Direito pela Universidade Estadual de Londrina, turma de 1978. Nascido em São Paulo (SP), ele chegou a Rondônia há duas décadas já casado com dona Regina Célia Almeida El Rafihi. O casamento ocorreu no Paraná, em 1980.
Nos fins de 1983, Fawzi trabalhou na então Seijus (Secretaria de Estado de Interior e Justiça), quando Walderedo Paiva era o titular. Foi diretor da Colônia Penal Agrícola Ênio Pinheiro. Em 1984, ingressou na Polícia Civil como delegado.
Os pais de Fawzi eram árabes. Nader, já falecido, veio em 1946 para o Brasil, casando-se com Amini, que ainda é viva e mora em São Paulo.
Fawzi foi delegado em Ouro Preto, em 1987, titular do 1º DP em Porto Velho em 1990, diretor operacional do Detran em 1992, exerceu provisioramente o cargo de diretor geral da Polícia Civil, em 1992, diretor da Academia de Polícia em 1993, assessor parlamentar da Assembléia Legislativa, titular da Delegacia de Crimes contra o Patrimônio em 1995, delegado de Ordem Política e Social (DOPS) em 1995, diretor do Departamento de Polícia Especializada em 1999 e agora assumiu a Academia de Polícia em 2003.

A inteligência e a eficiência são as novas armas da Polícia Civil.

Terminou em dezembro, o curso de formação da Academia de Polícia dos candidatos aprovados no concurso da Polícia Civil. O curso iniciou no dia 6 de setembro de 2004, na Ulbra. Foram convocados 950 alunos. Eram 30 turmas com dez categorias diferentes – fase ainda era eliminatória. O secretário de Segurança, Defesa e Cidadania, deputado Paulo Moraes frisou que a contratação será feita de acordo com o número de vagas oferecidas no edital – cerca de 800.
Além dos três meses de treinamento na Academia, os alunos participaram ainda de mais três meses de estágio em órgãos da Polícia Civil. Após este período, os alunos serão chamados para tomar posse. Paulo Moraes afirmou que 50% dos selecionados ficarão como reserva técnica, podendo ser chamados dentro de dois anos – prazo de validade do concurso.
A abertura oficial do curso ocorreu na Quéops, com a presença do governador Ivo Cassol, do secretário Paulo Moraes, do diretor geral da Polícia Civil, delegado Carlos Eduardo e de autoridades ligadas a área da segurança no Estado. Logo após a solenidade, os alunos ouviram a palestra-show, do professor da faculdade Uniron, Dino, onde abordou a Qualidade no Atendimento no Serviço Público.
O diretor geral da Polícia Civil disse que o número de vagas disponibilizadas não era o suficiente, mas servia para preencher as necessidades mais urgentes, “até porque há mais de dez anos que não era realizado concurso público nessa área”. O secretário destacou que este é o maior concurso já realizado na história de Rondônia.
Existia naquela ocasião um efetivo de aproximadamente 1.300 policiais civis em todo o Estado. Mas, ao contar férias e licença, o efetivo baixava para 800. “É um número reduzidíssimo para atender todo o Estado”, declarou Paulo Moraes.
Reduzido também é o número de policiais militares e bombeiros, mas o governador Ivo Cassol lembrou que já autorizou a realização de concurso para a contratação de 1.500 PMs e de 200 bombeiros militar. “Estamos contratando também 300 agentes penitenciário”, disse.
O secretário afirmou que nunca se investiu tanto na segurança como agora. “O problema da falta de combustível para as viaturas, que era comum acontecer nos governos passados, foi totalmente sanado nesta administração”, destacou. Ele frisou ainda, que além da contratação de recursos humanos, o governo está comprando novos veículos. “Já temos disponível R$ 4 milhões para compra de veículos, gasolina e peças para a segurança”, concluiu.

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